História de Jacutinga

Já vão longe os tempos em que o capitão português Antonio Correia de Abranches Bizarro, natural de Sabugosa, participando do desbravamento de Jacutinga, tomou posse de terras em diversos pontos de nosso território, na divisa com Ouro Fino. Aliás, menciona-se que, bem antes da abertura de picadas, o povoamento já se iniciara pela vias naturais, os rios, sobretudo o rio Mogi, denominado na região Mogi Abaixo. Tambémo ribeirão de São Paulo (ao norte) e o rio Eleutério (ao sul) contribuíram para isso. Relata-se que, por volta de 1.805, o povoamento já atingira as margens do Eleutério. Em 1.803, pelo que se diz, já havia moradores no Sitio Forquilha. Entre os antigos povoadores de Jacutinga é citado Antonio Pessoa de Lemos, natural de Sabará, estabelecido com fazenda na barra do Ribeirão de São Paulo. Suas terras, englobavam a área onde hoje se situa Jacutinga. Ao falecer, a 12 de agosto de 1.811, deixou testamento e foi sepultado na Matriz de Ouro Fino. Em razão de permuta feita por seus herdeiros, a fazenda passou a pertencer ao capitão Antonio Correia de Abranches Bizarro, que aumentou com posses feitas nos morros da Capetinga e da Baleia.
Depois, em 18 de agosto de 1.817, a propriedade foi vendida, através de escritura particular lavrada na barra do São Pedro, a José Francisco Fernandes, que viera de Pouso Alegre com sua família.
De acordo com a tradição, o mais antigo proprietário da fazenda do Poço Fundo foi o Cel. Emídio de Paiva Bueno, sendo admissível que a tenha adquirido do capitão Bizarro na data mencionada. Mudou-se para a propriedade, tendo, segundo Orville Derby, exercido influência nas questões de limites que se seguiram. Com o passar do tempo, aumentando a população do bairro Mogi Abaixo, tornou-se necessário erigir uma capela, soba invocação de Santo Antonio. Encaminhou-se uma representação nesse sentido à Cúria Diocesana de São Paulo, representação encabeçada por José Francisco Fernandes. O bispo diocesano, Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade, autorizou a ereção da capela.
Entretanto, talvez devido a uma demanda entre José Francisco Fernandes e Manuel Carlos da Motta Bastos, seguida do falecimento do primeiro, a 21 de junho de 1.841, e de sua mulher, dona Joaquina Esmérica Ribeiro, a 3 de maio de 1.845, nada se fez ao longo de dez anos. Mas José Francisco Fernandes e sua mulher deixaram terras doadas para o patrimônio da capela. A localidade junto à qual se ergueria esta tomaria o nome de Ribeirão de Jacutinga.
Em agosto de 1.845 estava a capela edificada, tendo como zelador o capitão Emídio de Paiva Bueno. Jacutinga foi elevada a freguesia em 1.871, e, a vila e município em 1901.

Como aproveitar Jacutinga

Jacutinga, uma charmosa cidade situada no extremo sul de Minas Gerais, com clima agradável cercada por belas montanhas da Serra da Mantiqueira, Estância Hidromineral, tem suas raízes na imigração italiana, que trouxeram a habilidade de tecer e bordar, e no decorrer de 120 anos nos tornamos referência nacional na fabricação de malhas e tricô. Sua localização privilegiada nos presenteia com paisagens incríveis, cachoeiras, fontes de água mineral, com isso o turismo oferta uma grande variedade de atrativos como trilhas ecológicas, turismo rural, tirolesa. Nossa Rota das Malhas com mais de 1.300 km em roteiros para se percorrer a pé ou de bike, e para devotos e caminhantes temos o Caminho do Monsenhor Alderigi, Caminho da Prece e a Rota histórica da Revolução de 32. Rica em belezas naturais, históricas e culturais, Jacutinga está pronta para receber você e toda sua família. Te aguardamos para uma experiência turística cultural que vai gerar lindas memórias. A Estancia TurÍstica Jacutinga tem como marco de sua fundação, a construção da primeira capela do então povoado chamado “Ribeirão de Jacutinga”.O nome foi assim designado pelas muitas jacutingas que habitavam a região. Ribeirão de Jacutinga foi elevada à condição de município, passando a se chamar somente “Jacutinga”. Com um crescimento em ritmo acelerado devido ao cultivo de café, destaca-se um período de expansão até o declínio da cafeicultura. Paralelamente a era industrial no Brasil ocorrido nessa época, imigrantes italianos se instalaram na cidade trazendo consigo a habilidade de tecer e bordar. A primeira máquina manual de fazer tricô de Jacutinga foi chamada de Lanofix. A população abraçou a nova vocação econômica e, durante quase cinquenta anos, conseguiu transformar o município em referência nacional na fabricação de malhas e tricô. Jacutinga possui o título de “Estância Hidromineral”. Ela é reconhecida como a Capital Nacional das Malhas, sendo responsável por 27% de toda a produção nacional de malhas. A cidade de Jacutinga e também a região próxima a ela possui belezas naturais e históricas que valem a pena conhecer. Os principais pontos turísticos são: o Parque Primo Raphaelli, a Trilha para a Cachoeira, o Pico da Forquilha, o Museu do Tricô e a Igreja Matriz de Santo Antônio. As malharias da região também são um ótimo atrativo para os turistas que procuram os produtos no Circuíto das malhas.

Igreja Matriz de Santo Antônio - Jacutinga
Jacutinga